Friday 14 January 2011

Dictionaries and Translators / Dicionários e Tradutores

As Leila Razmjou points out [1], a good translator needs a comprehensive knowledge of both target and source languages and also be aware of cultural aspects. Translators should of course be fluent in both languages, although Ms Razmjou adds that “not everyone who knows a foreign language can be a translator, as is commonly and mistakenly believed”. However, there comes a time when even a translator has doubts, and this is where dictionaries come in handy. Indeed, several have been the cases of erroneous translations through insufficient dictionary use, one example being given in Almeida [2:302-303], while Nogueira [3] says he uses dictionaries to “confirm his translation choices”. Leila Razmjou believes that the use of dictionaries can be considered as “a technical skill in itself”, and an excellent tutorial in this art is the slideshow in Portuguese prepared by Lorena Leandro [4, 5, 6]. Indeed, good dictionaries shed light on such issues as collocations, idioms, spelling, usage and vocabulary points, as well as helping the translator decide between different meanings of a word like “house” [7] and also regional meanings such as that of “trem” in Minas Gerais - “trem” is any object, so “tem um trem no meu olho” means “there is something in my eye” and not “there is a train in my eye”.

In my opinion, a translator needs to have good monolingual dictionaries in both source and target languages as well as bilingual dictionaries. For Portuguese, try to get at least one of the Big Three, namely Aurélio, Houaiss and Sacconi - get the full edition, as both Aurélio and Houaiss have abridged editions. Jânio Quadros, a former Brazilian President, also launched a dictionary but it is somewhat dated now. In the case of English, the OED is of course the best but very bulky - I prefer the single-volume Oxford Dictionary of English and it suits me just fine. Also get a copy of Isa Mara Lando’s “VocabuLando” and also books on usage: Almeida’s work and also that of Cegalla [8] are fine for Portuguese; in English, the modern Fowler [9] is probably the best.

Diz Leila Razmjou [1] que um bom tradutor precisa de ótimos conhecimentos tanto do idioma de partida quanto do de chegada, além de estar ciente dos aspectos culturais. É evidente que um tradutor deve ser fluente nos dois idiomas, muito embora a Leila acrescenta que “nem todos que conhecem um idioma estrangeiro podem ser bons tradutores, como é de crença comum mas errônea”. Mesmo assim, chega a hora em que até mesmo o tradutor tem dúvidas, e é aqui que entram os dicionários. Realmente, tem havido vários casos de traduções erradas por consultas insuficientes aos dicionários, sendo que um exemplo está apresentado na obra de Almeida [2:302-303], enquanto Nogueira [3] diz usar dicionários para “confirmar suas opções nas traduções”. Leila Razmjou considera o uso dos dicionários como “uma arte em si só”, e um ótimo material para aprender esta arte é a apresentação de slides elaborada em língua portuguesa por Lorena Leandro [4, 5, 6]. De fato, bons dicionários elucidam dificuldades como uso de palavras, expressões idiomáticas, ortografia e pontos de vocabulário, além de ajudar o tradutor a escolher entre diferentes acepções de uma palavra como “house” [7] e significados regionais, como a de “trem” nas Minas Gerais - “trem” é qualquer objeto, de forma que “tem um trem no meu olho” significa apenas que “algo entrou no meu olho”, e não que “há um trem [ferroviário] no meu olho”.

Na minha opinião, um tradutor deve ter bons dicionários nos dois idiomas além dos dicionários bilíngües. Para o português, tente adquirir pelo menos um dos Três Grandes, que são o Aurélio, o Houaiss e o Sacconi - a versão completa, já que o Aurélio e o Houaiss possuem versões reduzidas. Jânio Quadros, um ex-Presidente do Brasil, também lançou um dicionário mas já está um tanto antiquado. Para o inglês, o melhor é mesmo o OED (Oxford English Dictionary), embora seja muito volumoso. Eu prefiro o Oxford Dictionary of English, em volume único, e dá para as minhas necessidades. Obtenha também um exemplar da obra prima isamárica, “Vocabulando” e livros sobre uso da linguagem: a obra de Almeida e a de Cegalla [8] são bons para o português; no caso do inglês, o melhor é provavelmente a versão atualizada do Fowler [9].

SOURCES / FONTES:

[1] RAZMJOU, Leila - To Be A Good Translator. In: Translation Journal, vol. 8, No. 2, April 2004.

At: http://translationjournal.net/journal/28edu.htm

[2] ALMEIDA, Napoleão M. - Dicionário de Questões Vernáculas. São Paulo: Ática, 2001, pages 302 and 303 (Entry: Lançadeira Espacial)

[3] NOGUEIRA, Danilo - Into English: Seven survival tools for translating Brazilian Portuguese into English. In: Translation Journal, vol. 4, No. 4, October 2000.

At: http://translationjournal.net/journal/14into.htm

[4] LEANDRO, Lorena - Dicas de pesquisa para versão volume 1. At: http://aoprincipiante.wordpress.com/2010/11/11/serie-dicas-de-pesquisa-para-versao-parte-1/

[5] LEANDRO, Lorena - Dicas de pesquisa para versão volume 2. At: http://aoprincipiante.wordpress.com/2010/11/22/dicas-de-pesquisa-para-versao-parte-2/

[6] LEANDRO, Lorena - Dicas de pesquisa para versão volume 3. At:

http://aoprincipiante.wordpress.com/2010/12/06/dicas-de-pesquisa-para-versao-parte-3/

[7] COOK, Vivian - “It’s All in a Word”. London: Profile Books, 2009. Unit 16: Words with Many Meanings.

[8] CEGALLA, Domingos P. - Dicionário de dificuldades da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Lexikon, 2007 (Coleção L&PM Pocket, vol. 665)

[9] ALLEN, Robert - Fowler’s Modern English Usage. Oxford University Press, 2004

1 comment:

  1. Sempre ótimas dicas para iniciantes e iniciados, Paul. Parabéns, o blog está um verdadeiro manual.

    ReplyDelete